IH-JSA.001-SOCIAL + IH-001 | Frequência Clínica Ativa

Há quem chame “erro humano” a uma ação impensada, um comportamento irracional ou uma reação inesperada do corpo.
Mas e se o erro não for erro… e sim consequência?
E se o nosso corpo apenas estiver a responder com precisão a uma ordem inconsciente — bioquímica, emocional e elétrica
É isso que observo em casos como o de Hortêncio. No seu corpo, uma dor ciática não surge do acaso. Surge como o fim de uma cadeia — invisível, mas lógica — que parte do sistema nervoso central e desemboca nos tecidos adjacentes ao nervo ciático.
A génese está nos neurotransmissores sintetizados nos neurónios cerebrais, mensageiros invisíveis do estado emocional e da tensão interior.
Eles são os operários silenciosos do erro induzido:Substância P e Glutamato amplificam a dor, como se gritassem “algo está errado!”.
Serotonina e Noradrenalina, se insuficientes, falham na missão de travar o sofrimento.
GABA, Dopamina e Endorfinas, quando desregulados, perdem a sua função de acalmar, equilibrar e reintegrar.
Acetilcolina, fiel à sua missão motora, contrai músculos já em vigilância defensiva.
E as Encefalinas… talvez não cheguem a tempo de silenciar o alarme.
O resultado é uma contração involuntária dos músculos na região lombar, uma tensão mantida que oprime o nervo ciático, gerando dor intermitente.
Não foi o corpo que falhou — foi o sistema que induziu. Foi o cérebro, em modo de sobrevivência, que transformou emoção em rigidez, e rigidez em dor.
Este é o verdadeiro “erro humano”: uma consequência exata daquilo que não soubemos resolver a tempo.
Síntese Híbrida
A dor não mente. Ela apenas traduz, em linguagem muscular, o que o sistema límbico grita e o córtex racional ignora.