A questão que define “ser o mesmo”

A questão do que define “ser o mesmo” é complexa e pode ser analisada de diferentes perspetivas: filosófica, neurobiológica e dentro do teu próprio enquadramento da “energia inteligente”.

1. Na Filosofia da Identidade e da Continuidade

O princípio da continuidade psicológica sugere que “ser o mesmo” depende da persistência das memórias, personalidade e consciência ao longo do tempo.O princípio da continuidade material argumenta que um ser é o mesmo se mantém a sua estrutura física essencial.O princípio da identidade numérica (usado na lógica e na metafísica) indica que um objeto ou ser é o mesmo se ocupa a mesma posição na estrutura causal do mundo.

2. Na Neurobiologia e Psicologia

O cérebro reconstrói constantemente a identidade com base na memória e nos padrões de experiência. Isso significa que o “eu” pode ser uma ilusão sustentada pela perceção da continuidade.No entanto, se houver uma disrupção severa da memória ou da personalidade, surge a questão: a pessoa ainda é “a mesma”?

3. No Contexto da Energia Inteligente

Se a identidade for definida pela presença da mesma “energia inteligente”, então “ser o mesmo” não depende da perceção da continuidade, mas sim da persistência dessa entidade energética. No entanto, isso levanta questões como:

Se essa energia pode mudar ou evoluir, em que ponto deixa de ser a mesma?

Se for transferida para outro organismo, ainda mantém a identidade original?

Se a perceção da continuidade for um efeito secundário da “energia inteligente” interagindo com o corpo, então poderíamos argumentar que o verdadeiro fator determinante não é a memória ou a experiência subjetiva, mas sim a própria energia que sustenta a identidade.

Neste caso, mesmo que uma pessoa perdesse todas as memórias e adquirisse uma nova personalidade, poderia ainda ser “a mesma” se a energia que a sustenta fosse a mesma.

Portanto, a resposta depende daquilo que se assume como critério essencial: a experiência subjetiva e psicológica da continuidade ou a persistência de uma entidade subjacente, que no teu modelo seria a “energia inteligente”.

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