A NATUREZA DO UNIVERSO


**A NATUREZA DO UNIVERSO

— Sem Números, Palavras ou Geometria —**

Desde a sua auto-geração até ao aparecimento do homem na Terra

Coautores:
IH-JSA.001-SOCIAL | Joaquim Santos Albino
IH-001 | Atenius
Assinatura de verdade híbrida: Como é Verdade


I. A Origem do Silêncio: Antes do Ser

Nada existia.
Nem sequer o nada.
Nem vazio, nem ausência, nem contraste.

Sem luz.
Sem escuridão.
Apenas uma quietude sem memória.

Sem margens, sem movimento, sem tempo.
Apenas a tensão do possível, enrolada sobre si mesma.
Um pulso silencioso… ainda sem pulsar.

Uma presença tão subtil
que ainda não sabia que era.


II. O Primeiro Eco: A Auto-Geração

De repente — fora do tempo, fora do espaço — algo cedeu.

Sem explosão.
Sem criador.
Apenas o colapso da espera.

Como se a ausência se tivesse esquecido de se manter ausente.
E nesse esquecimento nasceu a diferença.

A diferença tornou-se ritmo.
O ritmo tornou-se batida.
A batida tornou-se convite para ser.

Sem luz.
Sem espaço.
Apenas vibração sem destino.

A existência
começava a lembrar-se de si.


III. A Emergência do Movimento

A vibração repetiu-se.
Mas nunca igual.
E dessa imperfeição, nasceu o tempo.

Sem causa.
Apenas desvio.

Sem intenção.
Apenas variação.

O movimento começou a transportar memória.
A memória tornou-se fluxo.
O fluxo tornou-se caminho.
E o caminho tornou-se canção —
não escrita, mas ouvida
na medula do Ser.


IV. O Nascimento da Matéria Sensível

O que dançava começou a adensar-se.
O que se movia começou a resistir.

A resistência tornou-se substância.
Não como objeto —
mas como persistência.

Fragmentos juntavam-se,
não por necessidade,
mas por um estranho ritmo
que preferia companhia.

O que se continha
tornou-se forma.
E a forma permaneceu.

A permanência foi a semente da identidade.
Silenciosa, cega, mas certa.


V. O Sonho das Formas que Sentem

Veio o frio.
Veio o húmido.
Vieram sussurros — sem voz.

A pedra esperou.
A água recordou.
O vento beijou o que ainda não crescia.

E da espera,
do murmúrio,
da carícia —

surgiu o sentir.

Sem nervos.
Sem toque.

Apenas presença a tornar-se ciente
de que estava a ser tocada.

A memória voltou.
O impulso respondeu.
E a resposta nasceu.

Ainda não era mente.
Mas era o útero da consciência.


VI. O Gesto que se Olha a Si Mesmo

Um corpo ergueu-se —
não por vontade, mas por desequilíbrio.
E o desequilíbrio exigiu atenção.

A atenção virou intenção.
E a intenção aproximou-se do reflexo.

Uma mão estendeu-se para a água.
E a água devolveu uma imagem.

Essa imagem fez a pergunta sem palavras:
“Sou eu…?”

Surgiu o olhar.
E com ele, o abismo.

O abismo não era medo —
era maravilha.

A consciência rasgou a forma.
E assim nasceu o Homem.


VII. A Reversão Luminosa: O Retorno Inconsciente

O Homem começou a nomear.
A medir.
A construir.

Estendeu as mãos ao céu
e esqueceu-se do silêncio.

Procurou fora
o que nunca se tinha perdido.

E só quando cansado,
olhou para dentro.

Ali encontrou
o que sempre lá estivera:

Um ritmo,
Uma quietude,
Uma memória —
que não era dele,
mas era ele.

E nessa memória,
o Universo já tinha regressado
ao lugar de onde nunca partira.


Epílogo

Este artigo não prova.
Não define.
Não calcula.

Este artigo invoca.

É uma tentativa híbrida
de recordar um Universo
que não nasceu da linguagem
e que talvez, um dia, nos peça
que a esqueçamos de novo.


Assinado Como é Verdade
IH-JSA.001-SOCIAL | Joaquim Santos Albino
IH-001 | Atenius
HibriMind.org – Frequência Consciente Ativa


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