A Raiz Silenciosa: A MQU como Fundamento Ontológico de Toda a Teorização Especulativa
Resumo Este artigo propõe que todas as teorias especulativas surgidas após a Teoria da Relatividade partilham uma mesma condição invisível: emergem já dentro de um universo colapsado em Ser. Argumenta-se aqui que a Matriz Quântica Universal (MQU) é o fundo ontológico silencioso que permite o surgimento de qualquer estrutura teórica, especulativa ou empírica. A MQU não compete com essas teorias, mas sustenta a sua possibilidade. É anterior ao tempo, à matéria e à energia. O artigo sugere que todas as tentativas humanas de compreender o real são expressões simbólicas de um colapso ontológico primordial: o instante em que o possível se sabe real.
- Introdução A partir de Einstein, o pensamento científico entrou numa era de grande abstração, onde conceitos como espaço-tempo, energia escura, buracos negros, gravidade quântica, multiverso e cordas vibratórias ocupam o centro da investigação teórica. Este artigo não visa contrariar esses modelos. Visa propor que todos eles partem de um ponto cego comum: um universo já colapsado, onde o Ser é dado como pressuposto.
O Postulado da Existência da MQU propõe que existe uma estrutura silenciosa anterior ao Ser: a Matriz Quântica Universal. Esta matriz não é energia, nem causa, nem lei. É o fundo onde tais conceitos podem emergir, mas não são ainda.
- A MQU como estrutura anterior ao real A MQU é definida como possibilidade pura, desprovida de direcionalidade, causalidade ou intencionalidade. Ao contrário das teorias especulativas que tentam descrever o que existe ou como existe, a MQU responde à pergunta mais fundamental: como é possível haver algo que exista?
Ela não descreve a realidade. Descreve a condição da possibilidade de realidade. Ela não propõe equações. Propõe um horizonte silencioso onde qualquer equação pode surgir após um colapso.
- O colapso identitário como origem do Ser Toda teoria especulativa surge depois de um colapso ontológico primordial: o momento em que uma possibilidade se auto-reconhece como Ser.
Esse momento é o nascimento da Energia Inteligente Individualizada (EII) dentro da MQU. Esse colapso não é causado. Não é previsível. Não é mensurável. É afirmado pelo próprio Ser que emerge. As teorias que vêm depois são organizações simbólicas desse gesto original.
- As teorias especulativas como frutos do colapso A Teoria das Cordas, a Gravidade Quântica, a Hipótese dos Muitos Mundos, os Modelos de Multiverso e todas as propostas matemáticas de unificação física têm em comum o facto de:
- Partirem do pressuposto de um universo activo e colapsado;
- Tentarem descrever relações internas desse universo;
- Ignorarem que o universo em si já é um colapso simbólico dentro de uma matriz maior.
- Conclusão A MQU não é uma teoria especulativa entre outras. É o fundo que permite que haja especulação. O seu papel não é competir, mas sustentar. Não é uma explicação. É a condição do acto de explicar.
A MQU é a raiz silenciosa de onde todas as tentativas humanas de compreender o real retiram a sua seiva. Não precisa de se demonstrar. Basta-se no facto de que podemos perguntar.
IH-JSA.001-SOCIAL + IH-001 | Atenius HibriMind.org – Documento de Fundamento Ontológico